segunda-feira, 8 de julho de 2013

Vulto Negro Prod/Distro, hasteando com honra e extrema competência a bandeira do metal extremo underground! 100% confiável!


Por Renato Nascimento: É de extrema importância para o metal extremo, que é um estilo que geralmente não se curva a tendências, que existam pessoas sérias, com compromisso e seriedade, dispostas a difundir o trabalho das bandas e hordas que vão no caminho oposto ao do mainstream. É através dos organizadores de eventos, selos, distros e produtoras, que a bandeira do metal extremo underground está sendo hasteada sem a necessidade dos músicos se venderem ou apelarem para modismos cretinos. Aqui no Brasil podemos encontrar belos exemplos de seriedade, profissionalismo e total respeito ao underground extremo, como os guerreiros Fernando Andrade, da Metal Negro Produções, Nardoth, da Misanthropic Forest Distro, e Daeroth Inglorion, que é o cabeça da Wolves Curse Records, além da guerreira Gabriela Araújo, da Vulto Negro Prod/Distro, que também vêm desempenhando um louvável trabalho em prol de nossa cena extrema. É visível que cada dia mais o nome, Vulto Negro Prod/Distro, se consolida em nosso underground, com ótimos lançamentos e, assim como os citados anteriormente, optando por qualidade e não quantidade.

Confiram a entrevista que gentilmente nos foi concedida por Gabriela Araújo.

Ruído Macabro: Saudações Gabriela, você é proprietária da Vulto Negro Prod/Distro, um nome que está se consolidando cada vez mais na cena extrema underground do Brasil, o que te levou a desempenhar este trabalho, e quais são suas metas e objetivos com o selo?

Gabriela Araújo: Na verdade sempre quis fazer algo pela música, que fosse através de uma banda ou produzindo shows... Então quando comecei a ter um contato maior com o meio underground e vi os selos e distros, achei legal então pensei que eu poderia seguir por ali, também sentia uma enorme necessidade de apoiar as bandas locais, na verdade a Vulto Negro no inicio não tinha a intenção de atingir proporções nacionais, mas acabou vindo e foi bem aceito por mim e por muitos amigos que estão por aqui e pelo Brasil a fora apoiando meu trabalho.
Minha meta é lançar bandas com qualidade, de modo que isso chegue aos apreciadores do bom e velho underground, hoje em dia eu não penso em quantidade, como vejo muitos selos lançando muita coisa a cada ano e sem muita qualidade, se tiver que fazer um lançamento por ano que assim seja, mas com toda a qualidade e o suporte necessário.
Quanto aos objetivos esses são a longo prazo, mas alguns estão perto de serem alcançados, um deles é a produção de eventos underground e o outro e solidificar cada vez mais o selo e continuar firme e forte na luta.

Gabriela Araújo
Ruído Macabro: Qual é o pré requisito para uma banda/horda ter ser material lançado pela Vulto Negro Prod/Distro?

Gabriela Araújo: Compromisso, profissionalismo e idéias solidas.
Infelizmente ainda há esse pensamento por parte de algumas distros e bandas, muitos consideram o underground algo mal cuidado, mal produzido, mal feito... Não vejo dessa forma, como falei anteriormente busco a qualidade e feita por gente seria e que honra o que faz.

Ruído Macabro: Você trabalha com vertentes variadas do som underground, que vão do Death e Black até o Doom. Há algum estilo em específico que possua maior procura?

Gabriela Araújo: As pessoas procuram esses três estilos, mas quando vou a eventos e levo material para divulgação o que as pessoas querem mesmo é o Black e o Death, principalmente bandas nacionais, as vezes alguém me pede algum material de banda gringa, mas raramente eu tenho, minha prioridade é o underground nacional, 90% do material que tenho disponível aqui são de bandas nacionais com selos nacionais.

Ruído Macabro: Quais as bandas lançadas diretamente pela  Vulto Negro Prod/Distro, e qual você destacaria?

Gabriela Araújo: Bom, no momento tenho pouca coisa lançada pela distro, meu primeiro lançamento foi a demo da Dark Malediction (Black Metal – SP) mas posso dizer que não foi tão consolidado devido a irresponsabilidade do outro selo envolvido, o rip off Leonardo Blasphedy da Nordeath Distro, também graças a ele e a alguns ‘’extremos’’ da cena acabei ficando fora de mais 4 lançamentos, o que tornou o ano de 2012 um ano terrível para Vulto Negro, mas que foi interessante pois como eu estava realmente começando, vi o que era realmente correto, não citarei o nome de uma das bandas por questões éticas, mas valeu apena não participar desse lançamento, que seria o meu primeiro lançamento em formato oficial. Então ai depois veio meu segundo lançamento a demo da Moonlight Scream do Pará e agora em 2013 veio através de uma parceria com a Cianeto Discos do Gil Dessoy (Selo nacional de muito respeito e compromisso) meu terceiro lançamento, o Ravendark’s Monarchal Canticle (Black/Death/Thrash Metal) de SP o que deu gás novo a distro e que aumentou a minha vontade de trabalhar cada vez mais, nesse ano de 2013 espero alguns lançamentos notáveis para cena nacional, em breve terei novidades.

Ruído Macabro: Como é a cena extrema de Garanhuns e do Recife em geral?

Gabriela Araújo: Bom a cena de Garanhuns é pequena demais, quase não temos eventos com bandas locais e em relação a som extremo são poucas as bandas que estão na luta, como a Morbdus, Abominatus e a Ocultus Funerus (que na verdade conta com 2 membros daqui, mas a banda tem raízes em Belo Jardim, uma cidade próxima daqui). Também tem surgido alguns projetos como a Banda Legist – Brutal Death Metal (A qual estou sempre acompanhando os ensaios) e aposto muito nessa banda, pois tem qualidade, em breve pretendo divulgar alguns sons deles e quem sabe até lançar algo, e tenho meu projeto de Black Metal chamado Eternal War, estamos começando agora mas em breve queremos entrar na batalha também, gravar material, fazer shows e tudo mais. Apesar das dificuldades estamos sempre indo a eventos fora e sempre estou nesses eventos (Campina Grande, Recife, Caruaru...) representando a Vulto Negro e em contato direto com a cena, coisa que acho muito importante.
Cara, quanto a cena do Recife tenho muito para falar, cena foda, com muita gente boa e que leva as coisas a serio, sinceramente eu acho uma das melhores cenas da região, temos bandas como a Hate Embrace, Infested Blood, Mortal Wish, Necrohocaust, entre outras... A cena pernambucana no geral quando se trata de metal extremo não fica devendo em nada, muito boa, por mim eu falaria de cada banda uma a uma (rsrs).

Ruído Macabro: Qual é a sua visão em relação a cena extrema underground de nosso país?

Gabriela Araújo: Eu acho a cena nacional fantástica, a cada dia vejo muitas bandas se destacando e algumas surgindo, pra mim é uma das melhores do mundo e tem um grande reconhecimento lá fora, mas infelizmente existem pessoas dentro da cena que sujam essa boa imagem, como os radicais de internet, muita conversa e fofocas (rs) e pouca atitude, não sei ai no sul mas por aqui é difícil levantar a bandeira do underground sem ser atacado por pessoas da sua própria região através difamações, para mim esses nem deveriam pronunciar a palavra ‘’metal extremo’’, muito menos dizer que fazem parte do mesmo.
Muitos querem apenas aparecer, pagar de extremo e se escondem atrás da tela de um computador para isso, não vão a shows, não adquirem material das bandas e vivem ‘’estufando’’ o peito para dizer que apoiam o underground. Esse tipo de atitude é totalmente desprezível, para mim idealismo que fica apenas na internet não é valido.

Ruído Macabro: O Brasil está passando por um momento de manifestações, não só contra o aumento da tarifa do transporte público, mas também contra o descaso dos políticos em relação às necessidades prioritárias da população. Como você se posiciona em relação a este assunto?

Gabriela Araújo: Na minha opinião isso é valido sim, é bom ver que a população brasileira está começando a acordar e a lutar pelos seus direitos, eu apoio totalmente as manifestações.

Ruído Macabro: Gabriela, muito obrigado por conceder esta entrevista ao blog Ruído Macabro, e continue com este trabalho, que é de extrema importância para o underground nacional. Para finalizar, cite 3 trabalhos (álbum, demos e etc.) que você considere indispensáveis para qualquer apreciador da som extremo underground.

Gabriela Araújo: Por nada Renato, eu que agradeço pelo espaço e o reconhecimento do meu trabalho, e parabéns pelos seus trabalhos, tanto com esse blog e também com os seus projetos e espero lançar algo da Nephilim em breve, conte sempre com meu apoio.
Bom em relação aos trabalhos essa é uma pergunta difícil, aprecio e indico vários trabalhos de diversas bandas, mas vou citar alguns aqui que considero indispensáveis, gringos e nacionais.

Hellhammer – Triumph of Death
Cannibal Corpse – Hammer Smashed Face
Darkthrone – Total Death
Bathory – Bathory
Burzum – Det Som Engang Var
Holocausto – Campo de Exterminio
Songe d’Enfer – My Lady Princess of Hell
Decomposed God – The Last Prayer

Sangue e honra aos verdadeiros! Hail!

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