sábado, 7 de março de 2015

Overall Miscreation: Brutalizando o norte do Paraná!

Por Renato Nascimento: Extremamente pesada e técnica foi a apresentação da banda Overall Miscreation no Ruído Macabro Fest (que aconteceu em Arapongas - PR no dia 21/02), onde pude me deparar com uma performance coesa e brutal, que agradou a todos os presentes sem exceção.
As composições são inspiradíssimas e com certeza a banda conseguiu firmar seus alicerces aqui na região, e em breve, em todo o país! 

Saudações! Primeiramente gostaria de elogiar a banda, pois a performance que pude presenciar foi sensacional, muito brutal e coesa!
Para darmos início a

entrevista, eu gostaria de saber qual a proposta ideológica/musical do Overall Miscreation?

R: Saudações Renato! Nossa proposta como banda é fazer um som pesado mas que não seja totalmente oldschool, nós buscamos também as técnicas, possibilidades e variações que existem no Metal Moderno, utilizando suas características na parte instrumental da banda. Já nos vocais, tentamos manter o mais agressivo possível, alternando entre gulturais graves e rasgados e unindo-os. Nossas letras abordam temas como: Anti-Religião, busca por esclarecimento, ficção, distorção da realidade e muita fatalidade.

A banda já possuí algum material à disposição, ou pretende fazer algum lançamento a curto prazo?

R: Nós ainda não temos um material físico ou lançado de fato, apenas disponibilizamos algumas faixas de demonstração na internet, mas muito em breve iremos lançar um EP, Não temos como dizer muito sobre ele, mas garantimos que será diferente de tudo o que você já viu.

Quais as principais influências musicas para a banda?

R: Bandas como Suffocation, Nile, Krisiun, Vader, At The Gates, Deicide, Vital Remains, Cannibal Corpse, Obituary, Necrophagist, Death, Hypocrisy, Kataklysm e muitas outras bandas de Metal Extremo.

Como está sendo a resposta do público aos shows? Pelo que pude ver no Ruído Macabro Fest, o Overall Miscreation está tendo um respaldo excelente durante as performances!

R: Então, as pessoas que escutam o nosso som em shows, geralmente nos apoiam, elogiam o som da banda e as técnicas de cada membro após o show e perguntam se temos algum lançamento físico o que é pra banda animador e motivante.

Como está a cena de Londrina e região na sua opinião?

R: Bom, recentemente vem aparecendo cada vez mais bandas o que é muito bom para a nossa cena, tanto em Londrina quanto na região. Pelo o que nós estamos presenciando, a cada semana que passa está acontecendo cada vez mais festivais, se você tem uma banda e quer tocar uma vez por mês está fácil demais de fazer é só querer. O único ponto negativo que é bem visível digo em Londrina é a falta de espaço para organizar shows, lugar está escasso e os shows acontecem sempre nos mesmos lugares fato que acontece por que a cena é uma ''cena fantasma'' ou seja grande parte das pessoas comparecem em um show e de repente desaparecem e tornam a voltar só quando uma banda de nome dá as caras aqui, assim a cena da cidade acaba enfraquecida por falta de presença do público. Mas mesmo assim, no geral a cena está crescendo, devagar mas está crescendo e esperamos que cresça ainda mais.

Para encerrar, cite 3 trabalhos do underground que vc considere indispensável para o apreciador de um bom som extremo.

R: Sem sombra de duvidas pra quem curte som extremo Deicide-Deicide é indispensável, uma obra da destruição. Outro álbum que também não deixa à desejar em absolutamente nada é o último álbum que o Death Lançou o The Sound of Perseverance, cara aquilo é animal do começo ao fim, não dá pra não ouvir até o fim quando começa a tocar. E por último mas não menos importante o poderoso Epitaph do Necrophagist que gostamos muito de ouvir por ter uma sacada brutal e mais técnica. Bom, foi um prazer responder as suas perguntas, nós do Overall Miscreation agradecemos pela oportunidade.


Muito obrigado pela entrevista guerreiro! E continuem com esse excelente trabalho!

Mais informações na página do Facebook da banda:  https://www.facebook.com/overallmiscreation?fref=ts

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Christophobia, aversão e repúdio ao dogmastismo arcáico


Por Renato Nascimento
O projeto one man band Christophobia, foi idealizado recentemente por mim, que para os que não sabem sou editor do Ruído Macabro, e acabou se tornando uma banda/horda (chamem como preferirem), e não mais apenas um projeto, com a entrada dos warbrothers: Vulto (baixo), Lamentos (bateria) e Typhon (guitarra, João Martioro, também editor do webzine)



                                                            Nome:
O nome refere-se à aversão, repúdio, medo e tudo o que te repele e te causa aversão exagerada ou te mantém longe de algo, no caso o messias Jesus Cristo. A existência de Jesus Cristo trouxe ao nosso mundo através do culto ao mesmo, como muitos já sabem; guerras, destruição, mortes, e demais “benfeitorias”, então nada mais óbvio que nos mantermos longe dessa prole parasítica cristã.
Agora: se sentimos medo do judeu fracassado, também conhecido como Jesus Cristo? De maneira alguma, o nome da banda é apenas uma das maneiras de induzirmos os nossos ouvintes ou espectadores a se questionarem até sobre o que estão ouvindo, uma maneira de fazer quem se interesse pela banda procurar entender o que há por trás desse nome, e mostrar que não somos mais uns “fodões”, “beberrões” que esbravejam anseio de morte ao cristianismo, mas apenas ficam escondidos atrás de suas redes sociais, CDs, guitarras, camisetas, e que na hora de mostrarem sua ideologia, gaguejam e ficam a repetir jargões cansativos que ouvimos cena a fora. E além do mais, e principal de tudo: um grande foda-se aos que não gostarem, ou deixarem de ouvir a banda por causa do nome, só mostram que não possuem cérebro pra entender, ou pelo menos, tentar entender algo.




Ideologia, música:

Temas como: críticas e ofensas ao dogmatismo religioso e a os seus líderes, messias, profetas, serão muito abordados, não queremos reinventar o estilo com temas diversos, mas enfatizar o que realmente nos trouxe ao Black Metal, e praticar o estilo da maneira mais primitiva e crua que pudermos, sem nos influenciar pela indústria musical e seus motivos, que querendo ou não, acabam refletindo no estilo (a ausência de um logo mais complexo é uma forma de protesto a isso, e aos que se curvam perante a isso).

Sentimentos mórbidos, delírios caóticos e nossa fascínio pelos corpos sepultos em decomposição, serão expressados também, e a impostação vocal, que vai um pouco além do gutural grave e agudo, permite que se expresse o mesmo de maneira mas dinâmica.




                                                                                   Continua...


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Direto do interior do PR, um trator de coesão e brutalidade, que esmaga os tímpanos do público! Sangrano!

Por Renato Nascimento: Brutalidade e coesão, tanto ideológica quanto musical, é assim que podemos resumir a banda de Sertanópolis (interior do PR) Sangrano, que pratica um H.C. de deixar muitas bandas que se propõe a tocar estilos mais extremos “no chinelo” em termos de peso e rispidez. O guitarrista da banda, Matheus Kuss, nos cedeu essa entrevista que explicita um pouco mais do que a banda é, confiram!



 
Antes de mais nada, gostaria de dizer que é um prazer fazer essa entrevista com esse grande brother, que brutaliza com sua banda, Sangrano, que nos demonstra violência e coesão em sons curtos e eficientes.
Matheus, muito obrigado pela entrevista! Poderia nos falar sobre os princípios ideológicos do Sangrano?


R: Valeu Renato, a gente que agradece a oportunidade. Então cara basicamente a gente fala sobre política e o comportamento escroto do ser humano, muito por culpa do nosso país e cidade, acho que grande parte das pessoas não concordam com toda essa palhaçada feita por nossos representantes país a fora.  Quanto ao comportamento das pessoas, moramos no interior você deve saber o que rola né velho, comentários, estereótipos, isso reflete bem no nosso som também.

Sobre as influencias relacionadas à musicalidade, poderia nos falar um pouco?

R: Cara desde Thrash Metal; Slayer, Sepultura, Hardcore; Ratos de porão, Dead Kennedys, Punk Rock, vai de tudo velho, cada membro dá sua pitada e vai ficando com a cara da banda ...

Como têm sido o respaldo do Sangrano nas apresentações?

R:Tenho ouvido bastante criticas positivas, galera esta gostando, batendo cabeça pra caralho !!!

Sobre lançamentos oficiais (em formato físico), quando vamos poder contar com algum?

R: É o próximo passo, juntar a grana pra lançar algo, como toda banda underground o osso é o dinheiro, mas estamos caminhando pra isso.


O Sangrano não possui baixo, na minha opinião não atrapalhou na questão do peso, mas os que o público pensa a esse respeito, sendo que vemos que muitas vezes há pessoas que estão presas aos padrões do Rock em geral, que geralmente apresenta esse instrumento.

R:Já ouvimos pessoas falando antes da gente tocar que não iria virar, e essas mesmas falaram que não precisa de baixo, o rock em si é muito estereotipado, e vai continuar sem baixo essa porra.

Qual a sua opinião sobre o cenário musical da música extrema aqui na nossa região?

R:Tem banda pra caralho, e bandas boas, originais, o problema e o espaço pra expor essas bandas, geralmente fica restrito a banda cover, não achamos que banda cover é ruim, mas acho que tem que ter lugar pra todo mundo.

Matheus, muito obrigado novamente por nos conceder essa entrevista, e parabéns pelo excelente trabalho que vocês vêm desempenhando com o Sangrano! 


R:Valeu Renato, prazer brother, ótimo trabalho do Ruído Macabro !!!


Formação:

Adriano Zanoni - Vocal
Matheus Kuss - Guitarra 
Carlos Oliveira - Bateria 

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Originalidade, perseverança e a mais obscura arte em nome de Lúcifer!

Por Renato Nascimento: Uma das minhas hordas favoritas nos concedeu a honra de uma entrevista, geralmente faço uma apresentação mais longa das bandas/hordas...mas creio que essa, com certeza, dispensa qualquer apresentação! É com muita satisfação que lhes disponho essa entrevista: LUCIFERIANO


Saudações guerreiro! Antes de mais nada, e sem demagogia, gostaria de dizer que o Luciferiano é uma de minhas hordas favoritas, e é uma honra ter vocês no nosso humilde webzine.
Poderia nos falar um pouco sobre os primórdios da banda, lembro-me de ter adquirido a demo (que saiu em 2001) e me impressionado com sonoridade única da horda. Quais sãos as influências e propostas ideológicas da mesma?

R : Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao irmão Renato Nascimento por esta oportunidade de participar deste webzine no qual nos sentimos honrados.  Pois bem, o  Luciferiano surgiu no ano de 1999 na cidade de Joinville - SC e foi formado por Antonio Gonçalves - guitarra (Judas Iscariotes - ex Impuro), Jack Camargo - baixo (Kcaj – ex-Yoggoth), Berkley - bateria (Shempharuaim - ex Imperum Tenebrae) e Geovane Poncio - vocal (Zortis - ex Imperum Tenebrae).  No ano 2000 lançamos a nossa primeira demo independente intitulada  “Luciferiano” que no ano seguinte (2001) foi relançada pelo selo paranaense Chaos 666 Records tendo uma boa repercussão no cenário brasileiro.  O som do Luciferiano é o que podemos chamar de Black/Heavy, uma mistura destes dois gêneros que são bem notados ao ouvir a banda. Algumas das letras das músicas falam sobre liberdade e outras não passam de um grande deboche a hipocrisia e ao fanatismo religioso, responsável pela decadência da humanidade, que ao invés de proporcionarem um mundo justo e igualitário para todos, promovem a divisão dos homens, que é o maior interesse dos senhores do poder.

Zortis (falecido em 09 de maio de 2010)
Sobre a morte do vocalista Zortis, que com certeza deixou todos os fãs do Luciferiano abalados, poderia nos revelar alguns detalhes sobre a causa, e sobre o que isso ocasionou para a horda na época?

R: O nosso amigo Geovane Poncio (Zortis) teve uma infecção generalizada ocasionada por uma espinha de peixe, que o fez entrar em coma induzido no hospital e não conseguiu resistir , vindo a falecer. Para nós foi um momento difícil pois além da perda de um amigo também perdemos um grande vocalista e batalhador da cena.  Ficamos parados durante um tempo até “a ficha cair” mas logo nos levantamos novamente e demos seguimento a banda.

Qual a formação atual do Luciferiano?
R:  Atualmente o Luciferiano é composto por Antonio Gonçalves – guitarra, Gilson Mjolnir – bateria, Shemramforash Luciferiano – vocal  e Waldecir Monteiro – baixo.

Os trabalhos “A Face do Cão” e “O Opositor” adquiram respaldo e respeito perante os apreciadores do estilo, talvez pela grande criatividade e variedade que a horda apresenta, musicalmente falando. Conte-nos um pouco sobre o respaldo destes trabalhos, chegaram a ser lançados fora do país?

R:  Os álbuns “A Face do Cão” e “Opositor”  nos renderam críticas positivas e um bom número de apresentações nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas foram trabalhos que ficaram restritos ao nosso país. Talvez os selos Sonic Blaster , que lançou “A Face do Cão” e a Suprema Agonia Records , que lançou o “Opositor” tenham divulgado estes trabalhos no exterior.

O Luciferiano possui quase 15 anos de estrada, conte-nos sobre as experiências positivas e também negativas desta longa jornada no cenário underground.

R:  As experiência positivas ficam por conta das apresentações, viagens, festas, conhecer novas pessoas e novos lugares. Quanto ao negativo, sem dúvida está relacionada a perda de dois membros da banda, primeiro foi o Roberto de Almeida – guitarra (Agramariu) que cometeu suicídio devido a uma forte crise de depressão, e uns tempos depois, foi o falecimento do Geovane Poncio – vocal (Zortis).

Como é o cenário extremo em Joinville? Conte-nos um pouco também o cenário catarinense.

R: Atualmente estou morando em São Francisco do Sul, que é uma cidade litorânea a 60 km de Joinville, mas pelo que observo a cidade está  entre bandas de Heavy Metal e algumas de Death Metal, já aqui na cidade onde estou morando, por ser pequena, a cena está começando a se desenvolver. Já sobre a cena catarinense, temos ótimas bandas e uma boa freqüência de shows.

Já faz algum tempo que o álbum “O Opositor” foi lançado, existem planos para um novo trabalho, se sim, podemos espera-lo para meados de que data?

R:  Para este ano de 2015 ficaremos mais ligados em apresentações e divulgar um pouco mais o CD “Opositor” mas também já estamos pensando em novas composições para que em 2016 entremos em estúdio novamente.

Para finalizar, peço que comente 3 obras nacionais do metal extremo que vc ache que me merecem serem ouvidas pelos apreciadores do estilo.

R: Há um número enorme de bandas nacionais que estão fazendo um excelente trabalho, então prefiro não citar algumas para não cometer a injustiça de deixar outras tantas de fora.

Muito obrigado pela entrevista, Ficamos extremamente honrados, vida longa ao Luficeriano!

R:  Mais uma vez eu lhe agradeço Renato Nascimento pela oportunidade dada ao Luciferiano e esperamos poder ter contribuído de forma significativa. Grande abraço!


P.S: Sobre o hiato de um ano do webzine, farei uma matéria especial, tenho certeza que se criarão muitas inimizades, mas os reais ENTENDEDORES e APRECIADORES, não os farsantes metidos a extremistas que por trás do facebook são homens e pela frente devem ser uns "borra calças", entenderão nosso propósito, que é fazer o que poucos se propõe a fazer por aí: divulgar o idealismo e o propósito por trás da música, ao contrário desses webzines idiotas com perguntas tolas e superficiais que vemos por aí. Por enquanto é só, peço aos inimigos que se preparem pois vamos cuspir ácido, e estamos preparados para confrontos físicos.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Dragonheart: 17 Anos de Batalha no Underground Nacional

Entrevista realizada pelo colaborador Peter Kelter:

Com 17 anos de batalha no underground nacional, o Dragonheart em breve irá nos brindar com um novo album, que promete trazer algumas inovações favoráveis ao Heavy Metal pesado e bem trabalhado praticado pela banda. Confiram detalhes sobre a trajetória e sobre os novos rumos da banda, que já possui em em sua discografia 3 albums e uma coletânea.



Ruído Macabro: Saudações! Nos sentimos honrados em poder realizar esta entrevista!
O Dragonheart está desde 1997 batalhando no cenário metálico nacional, e já lançou 3 álbuns e uma coletânea, sempre obtendo ótimo respaldo em âmbito nacional, conte-nos um pouco sobre os esses 17 anos de atividade.

Taborda: Apesar de não termos tocado tanto quanto gostaríamos, nem lançado mais álbuns, nunca deixamos de ter contato e nunca pensamos em paralisar as atividades da banda. Tivemos que superar vários problemas pessoais, principalmente nos últimos cinco anos, mas conseguimos e estamos de pé. Estamos esse tempo todo na ativa porque o heavy metal está em nosso sangue e valorizamos demais o trabalho que realizamos e principalmente as pessoas que conhecemos em todo esse percurso. Claro que nem tudo foi divertido, mas podemos dizer que tudo isso valeu e vale a pena. Principalmente pelo apoio que temos recebido do público, com manifestações verdadeiras, que nos deixaram realmente motivados a voltar realmente à ativa e dar sequência à nossa história com um novo álbum.

André: Se me permite fazer uma parte, de 2002 para cá, foram diversos desafios. Comecei a participar da banda numa fase boa. Atravessei junto com ela os anos mais difíceis, quando todos nós tivemos problemas pessoais que demandava muita atenção da parte de cada um. Mas a amizade e a vontade de continuar fazendo música prevaleceram e, mesmo as condições atuais sendo totalmente adversas, uma vez que praticamente não existe mais uma indústria fonográfica e o mercado para heavy metal não esteja em expansão, é muito bom continuar fazendo as músicas que gostamos e como amigos, estarmos juntos nos novos objetivos.


Ruído Macabro: Quais são as metas da banda para o presente/futuro próximo? O lançamento do álbum comporta uma turnê?

Taborda: Nossa intenção é lançar o novo álbum, The Battle Sanctuary, no início do segundo semestre de 2014. Infelizmente nossas agendas pessoais não permitem grandes turnês, mas temos grande vontade e faremos um esforço para conseguirmos tocar em lugares que ainda não tocamos ou que não tocamos faz muito tempo. Sempre ficamos no quase para irmos ao Nordeste, mas tomara que agora dê tudo certo. Temos também um show engasgado em Maringá, aonde chegamos a ir até a cidade e acabamos não tocando por motivos externos. A partir do lançamento do novo álbum, estamos abertos a propostas!

Ruído Macabro: O novo álbum vai seguir a mesma linha, ou podemos esperar mudanças na sonoridade?

André: O álbum terá nítidas mudanças, todas positivas. Acredito que devido ao fato de termos total controle sobre a produção, pudemos soltar uma musicalidade que sempre existiu, mas devido às pressões do uso de tempo de estúdio, não pôde aflorar. Os arranjos evoluíram bastante. Uma boa parte das músicas tem afinação mais baixa, para assim podermos chegar em riffs mais pesados. Usamos mais teclados do que antes, mas nada que alterasse a identidade da banda. Há arranjos orquestrados, corais com mais harmonizações. O estilo do Thiago na bateria acabou ajudando a levar os arranjos para outra direção, pouco comum para nós. O que posso antecipar é que o álbum se apresentará como uma grande e natural evolução do Vengeance in Black. Grandioso em vários momentos e mais sombrio também.


Ruído Macabro: Como têm sido a aceitação da banda além das fronteiras do Brasil? O Dragonheart possui material à disposição em algum outro país?

Taborda: No início, principalmente, tivemos grande repercussão fora do país, quando tivemos até um fã-clube com pessoas do mundo inteiro. Chegamos a ter contatos para shows na Europa, fazendo um circuito paralelo dos grandes festivais, inclusive o Wacken, porém por dificuldades com datas (seriam mais de 30 dias) e uma brutal falta de dinheiro, acabamos não realizando a turnê.
Sobre nosso material, tivemos o lançamento oficial do Throne Of The Alliance na Rússia, através da gravadora CD-Maximum, trazendo alguns bons resultados, contatos de vários países da região para entrevistas e divulgação. Para o Vengeance In Black tivemos alguns contatos, mas pela forma de atuação das gravadoras e distribuidoras, houve basicamente trocas de CDs e nada foi acertado formalmente.

Ruído Macabro: Considerando a longevidade da banda, pode se dizer que foram poucas as mudanças no line up, o que essas mudanças acrescentaram a sonoridade do Dragonheart?

Taborda: As poucas trocas se explicam pela formação da banda: dois irmãos (Marco e Marcelo Caporasso) e dois amigos de infância (Mauricio Taborda e Eduardo Marques). A única mudança real foi a saída do Eduardo, que teve mudanças em sua vida particular, encheu-se desse estilo musical (e provavelmente dos demais integrantes da banda) e resolveu buscar novas experiências. Graças a isso tivemos a felicidade de encontrar o André Mendes que preencheu com muita competência o lugar deixado em aberto. A entrada do Thiago Mussi aconteceu pela impossibilidade do Marcelo Caporasso dar sequência nos ensaios e shows com a banda, pois se mudou para São Paulo. Mesmo com a distância ele continua participando e opinando junto nas decisões da banda.
Certamente todos poderão ver o quanto crescemos com a participação mais ativa do André nas composições e produção do álbum, além da estreia do Thiago, até mesmo pelas influências dos estilos das bandas em que eles tocaram antigamente/paralelamente.

André: Acredito que a entrada do Thiago trouxe possibilidades de explorar novos arranjos, alguns padrões de convenções rítmicas que nós não fazíamos antigamente.

Ruído Macabro: Desde o Underdark, até o Vengeance in Black, percebeu-se uma divisão dos vocais mais igualitária, dando mais agressividade e versatilidade à música do Dragonheart, gostaria que comentasse sobre esse diferencial de se ter 3 vocalistas.

André: O grande diferencial é justamente termos mais possibilidades de interpretação. Cada um de nós tem sua identidade vocal. Estas identidades se adaptam melhor a determinados tipos de interpretação que nós queremos passar nas letras, para uma melhor apreciação do ouvinte. Ao vivo é muito divertido. A reação de quem nos conhece pouco é curiosa. As pessoas mudam a direção do olhar a cada alteração de vocalista. Para quem já nos conhece, o grande barato é poder observar ao vivo aquilo que está no CD. Dá uma movimentação única à performance da banda. Outra coisa bacana é que não desgasta tanto. Sempre temos o mesmo pique, ritmo. Eu pessoalmente sou fã da voz do Marco e do Maurício. É como se cada um de nós completássemos as vozes que as músicas pedem, quando estamos compondo.

Ruído Macabro: Sir Lokdunam e Mystical Forest são duas músicas espetaculares! Já acompanhei uns 5 ou 6 shows, e nunca as vi serem executadas ao vivo, isso já aconteceu, é possível algum dia?

Taborda: Somente uma vez conseguimos preparar um set acústico em parte de um show, em Julho/2006 em Curitiba, quando juntamos a Sir Lockdunam, Mystical Forest e a The Bard’s Song (Blind Guardian).
Vamos ver como será a aceitação do público quanto ao novo álbum e se possível poderemos tentar repetir algo acústico nos próximos shows.

Ruído Macabro: Como foi ter dois álbuns com a arte de Andreas Marshall? Quem assinará arte do próximo trabalho?

Taborda: Foi maravilhoso termos conseguido trabalhar com um dos maiores artistas de capas de todos os tempos. Colocamos isso como uma meta para o lançamento do Throne Of The Alliance e nosso empresário à época correu atrás e conseguiu. Fomos a primeira banda na América Latina a ter a assinatura dele em nossa capa. O segundo trabalho foi praticamente uma sequência, como a própria história pedia.
Infelizmente não poderemos trabalhar com ele neste novo álbum, uma vez que ele praticamente parou de trabalhar com bandas e vem se dedicando ao cinema, já tendo sido premiado em um dos seus últimos projetos.
Pensamos bastante sobre a escolha do novo artista e fizemos contato com alguns nomes que achamos interessantes. Inclusive quase acertamos com um promissor ilustrador colombiano, mas que infelizmente não se encaixou no que tínhamos em mente. Agora estamos em fase final de negociação com um artista curitibano, que esperamos em breve poder começar a divulgar e provocar a curiosidade de todos.


Ruído Macabro: Qual foi a apresentação mais memorável do Dragonheart ao longo desses anos?

Taborda: Apesar de parecer clichê, é impossível citar apenas um show. Em Nov/2000 participamos de um festival em Presidente Prudente, de aniversário do Programa Stage Diving apresentado pelo Cesinha Crepaldi ao lado de bandas como Tuatha de Dannan e Crusader, feito em uma praça da cidade e com a estimativa de público de 3.000 pessoas. Foi a primeira vez que tocamos a The Blacksmith ao vivo. Depois vieram os BMUs, que promoveram demais a banda e que também ajudamos a consolidar o festival na história do metal nacional. Principalmente na edição de 2002, com o primeiro grande show com o André Mendes em São Paulo, a reação do público foi realmente marcante.

André: Para mim, o BMU de 2002 foi algo mágico. Poucos minutos antes do show começar caiu uma chuva forte e as pessoas que estavam fora da pista, entraram na casa Led Slay. Estava tudo lotado. Mais de 2 mil pessoas gritavam o nome da banda. Era meu segundo show com o Dragonheart. Senti uma pressão enorme, medo de errar. Cantei a primeira música, “Throne Of The Alliance”. O refrão foi “berrado” pelo público. Emociona só de lembrar. Outro momento fantástico foi poder ter conversado com o Ralph Scheepers no primeiro show que fiz, abrindo para o Primal Fear. Ele é um vocalista que admiro muito. Acompanhou parte do nosso show. Ao final da apresentação deles, ele veio até a mim e disse: “fiquei sabendo que foi seu primeiro show com sua banda esta noite. Parabéns rapaz, você foi muito bem”. Acho que ele nem deve lembrar-se desse diálogo, mas foi importante ouvir aquilo de um cara que admiro.


Ruído Macabro: O Próximo álbum põe fim a uma trilogia conceitual iniciada no Throne Of The Alliance, a algum plano, ou alguma ideia, ao finalizar a trilogia, de dar seguimento aos trabalhos, com uma nova ideia conceitual, ou apenas um disco de Heavy Metal?

André: Conversamos muito no ano de 2013 sobre o que faríamos após o término da trilogia. O conceito da história foi criado pelo Marco e, em meio a estas conversas do ano passado, nós pensamos em todas as dificuldades que passamos e que nos impediram de concentrar nossos esforços na banda. Foram diversos problemas pessoais para cada um de nós e, acredito que estas experiências de alguma forma nos modificaram um pouco. Talvez até tenham nos humanizado mais. Nestas conversas nós pensamos em trabalhar as letras do próximo álbum em torno destas experiências, das virtudes que desenvolvemos, dos sentimentos que tivemos, das coisas que superamos. Provavelmente não haverá álbum conceitual por um bom tempo, se a definição de álbum conceitual for criar uma narrativa ficcional uniforme. Talvez o conceito do próximo álbum venha a ser: um disco de heavy metal que trate de emoções vividas por todos nós, no cotidiano, nos enfrentamentos do dia a dia.


Ruído Macabro: Muito obrigado pela entrevista, por darem essa atenção ao Ruído Macabro, o espaço é de vocês!

André: Agradecemos a oportunidade de poder falar para o público que acessa o Ruído Macabro. Estivemos longe nos últimos anos, mas sempre houve aqueles que nos estimulássemos, nos ajudassem com palavras simples e honestas, coisas como “muito legal aquela música ‘x’. Por favor, avisem quando forem fazer show novamente”. Este apoio sempre veio de gente nas casas de shows, bares, rua, blogs, zines, sites de heavy metal que apoiam bandas do underground brasileiro. É isso que nos dá vontade de continuar compondo, gravando, tocando. Obrigado pelo espaço e esperamos poder nos encontrar por ai. Abraços.
Taborda: O André disse tudo! E reafirmo que estas oportunidades, de contato com pessoas que conhecem nosso trabalho, são as coisas mais valiosas nessa história toda. Obrigado mesmo!

Para contato com a banda, acessem: http://www.facebook.com/pages/Dragonheart_METAL/

(Esta entrevista iria inaugurar o site do Ruído Macabro, mas por conta de alguns devaneios, entraremos em um hiato por tempo indeterminado)

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Brutal Morticínio, valorizando as culturas Latino-Americanas.



     João Martioro: Obscuras Saudações! É com imensurável Honra que apresentamos a entrevista por mim redigida ao guerreiro Matheus Rodrigues, um dos mentores do BRUTAL MORTICÍNIO, banda de Novo Hamburgo - RS, que vem mostrando o potencial do verdadeiro Metal Negro brasileiro, abordando uma temática lírica e ideológica extremamente coesa, e muito bem embasada, prezando pelo real princípio do Black Metal: LIBERDADE! Liberdade de dogmas fúteis que norteiam a vida de muitos, liberdade da dominação ideológica e da hegemonia, quebrando paradigmas e analisando os fatos de um prisma diferente, libertando dos grilhões do câncer cristão. Confiram! Boa leitura guerreiros e guerreiras! Força e Honra!
  





   Ruído Macabro: Saudações Extremas Matheus! Nos conte um pouco sobre os primórdios da Horda.


Matheus: Saudações, primeiramente gostaria de  agradecer ao espaço dedicado à banda em seu zine. A banda foi formada por mim e por Mielikki em 2006 com o intuito de ter um trabalho mais direcionado para o Black Metal old school. Com letras que falassem sobre as lutas, a história e da cultura nativa, não só do Brasil como de todos os povos de nossa América.  Existe uma grande gama de hordas que falam sobre a cultura nórdica ou celta, sentíamos falta de bandas que falassem sobre a cultura dos povos nativos da América de maneira um pouco mais aprofundada e também que fizesse este paralelo entre o passado e presente, tratando o tema com outro prisma, não apenas como um relato ou simples mitologia, mas como algo vivo, como um real instrumento de luta.
Do ponto de vista musical sempre apreciamos as hordas antigas como Bathory, Sarcófago, Darkthrone, e  sempre tivemos o intuito de fazer algo que remetesse a crueza, sobretudo  das hordas dos primórdios do Black Metal.  
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     Ruído Macabro: Sobre sua ideologia, o que tem a nos explicitar?

Matheus: Como havia comentado anteriormente, no momento em que formamos a BM haviam muitas bandas , inclusive brasileiras, que abordavam temas como a cultura nórdica. Muitas hordas realmente têm muita propriedade no que falam, com letras que são muito boas e profundas, mas no meu ponto de vista, era ainda necessário que houvesse outros temas dentro do Black Metal. Que tradicionalmente, aborda o satanismo e o ocultismo.  Outro ponto, em que eu particularmente, não consigo ainda compreender muito bem, é como encontraram terreno tão abrangente entre o metal extremo a direita política e seus ismos. Particularmente sou intransigentemente contra estas posturas racistas e de extrema direita e acho que não tem nada a ver com o espírito do metal ou com o próprio satanismo, temas tão recorrentes em nosso meio. Resumidamente posso dizer que a opinião da banda é absolutamente contra o racismo e favorável a organização dos povos sul americanos numa só nação tendo por base os costumes dos povos nativos, erradicando imediatamente quaisquer resquícios de capitalismo e de cultura hegemônica cristã.  
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      Ruído Macabro: Quais são suas principais influências filosóficas e musicais?

Matheus: Como influencia musical, não só de minha parte, mas também dos outros membros da banda, posso apontar as bandas antigas de metal extremo e principalmente do Black metal como Bathory, Dissection, Darkthrone, Hellhammer, Bethlehem ,  entre outras, desta mesma linha extrema e macabra. Somos também profundamente influenciados pelas bandas nacionais como o Sarcófago, Amen Corner, Holocausto, Chackal. Ultimamente tenho escutado bastante bandas de DSBM como Nocturnal Depression, Aras, Thy Light, Cry of Silence....
Posso apontar entre as principais influências filosóficas: O trabalho de Eduardo Galeano, em sua reflexão sobre as temáticas indígenas e latino americanas, o discurso do cacique Guaicicuro Cuautemoc sobre a dívida da Europa com a América Latina, além de autores clássicos como Hobsbawn, Tolstói, Whilhelm Reich,  Alan Poe e Augusto dos Anjos.
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   Ruído Macabro: Os trabalhos do Brutal Morticínio são ideologicamente muito ricos. Em que buscam embasamento para essa temática lírica?

Matheus: A idéia central na parte de temática lírica da banda é tentar traçar algo que, apesar de influenciado pelo metal de outras partes do planeta, soe como algo próprio de nossa terra . O desafio é mais ou menos este, falar sobre a nossa cultura, a luta de libertação dos povos latino- americanos, entretanto ele não é substancialmente diferente da luta dos povos por sua libertação em outras partes do mundo. É algo que fica entre o regional e o universal, as nossas músicas estão em português, pois acreditamos estar inseridos em uma cultura e soaria falso para a Brutal Morticínio ter o seu trabalho em outro idioma. Procuramos, entretanto, versar as músicas também em inglês para que as pessoas de língua não portuguesa tenham conhecimento, ainda que superficial, sobre as nossas lutas, história, enfim sobre o que estamos cantando.
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     Ruído Macabro: Ainda sobre a temática lírica, o Brutal Morticínio nos presenteou com um trabalho que ressalta a cultura indígena brasileira. O que os motivou a idealizar esse trabalho?

Matheus: Existem bandas muito boas que falam sobre a temática celta ou viking, inclusive brasileiras, mas muito poucas que falam sobre a cultura indígena.  Falamos de um ponto de vista não puramente mitológico ou do passado, procuramos estabelecer as suas relações com o atual momento, seus reflexos, suas injustiças. A idéia da banda não é apenas ouvir um pedido piegas de desculpas por parte dos descendentes dos responsáveis, tentar desfazer esta cortina de fumaça, ajudar a estabelecer a luta atual contra estas mesmas castas que se apossaram de nosso território a mais de 500 anos e que ainda estão por aqui parasitando.

1  Ruído Macabro: Onde o apreciador de metal extremo pode encontrar os artefatos do Brutal Morticínio para aquisição?

Matheus: Já faz algum tempo que o material que estava disponível na rede foi ficando um pouco mais difícil para baixar, consequentemente se tornando um tanto mais raro. Relançamos no ano passado o nosso CD de estreia, “Despertar dos chacais... O outono dos povos”  ele pode ser adquirido por algumas distros entre elas:  Dedé Gore Records, Lua Negra Distro, Violent Records, Anaites Records, Rotten Foetus, Blasphemic  Art, entre outras...

1    Ruído Macabro: E quanto ao novo trabalho? Algo a nos adiantar?

Matheus: Estamos na fase de mixagem do álbum, estamos acertando a sonoridade final, enfim agora falta pouco para o lançamento. Posso dizer que o álbum foi iniciado 2 vezes com outras formações, por  isso houve uma demora além do que esperávamos.
A nossa influência musical está voltada para o Black metal Old mesclado a algo mais depressive. O novo álbum deve soar um pouco diferente do álbum de estréia, com uma pegada mais obscura e melancólica. A bateria foi gravada em Porto Alegre e todos outros elementos em Caxias do Sul onde está sendo finalizado por Roger Fingle.
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     Ruído Macabro: Como avalia o meio extremo nacional? Alguma banda a destacar?

Matheus:O que posso dizer irá parecer clichê, mas lá vai. A cena no momento está bem diferente do que há alguns anos atrás. Aqui no RS existem poucos lugares e poucos espaços para o metal extremo. A maioria é controlada por uma pequena parcela que pouco abre para opiniões musicais e ideológicas diferentes. Existem ainda bandas que acreditam no underground e realmente se esforçam para agitar o mesmo, entretanto é cada vez maior o número de bandas posers e de bandas com o comportamento mainstream. Existem pouquíssimos shows de Black metal aqui na região metropolitana de Porto Alegre. O público é cada vez mais reduzido e parece dar cada vez menos valor aos trabalhos autorais das bandas, há uma supervalorização de bandas covers.
O que posso apontar como destaques positivos aqui na cena da região as bandas Supersonic Brewer, a Evil Emperor e a Abate Macabro. Curto bastante bandas de fora do RS como a  Sodamned, a  Canifraz e a banda Ritos.

1    Ruído Macabro: Quais são as metas para o Brutal Morticínio, a curto e longo prazo?

Matheus: Em curto prazo, no início de 2014, pretendemos lançar o álbum intitulado “Obsessores espíritos das florestas austrais”.  Estamos bastante focados no momento na conclusão do mesmo. Faltam ainda os detalhes da capa e a própria etapa sonora de finalização. Pretendemos, logo após o lançamento do álbum, se concentrar na divulgação do mesmo.  Sobre os shows, eles não estão fora de cogitação, entretanto no momento não está entre as nossas metas uma tour para a divulgação deste álbum.    Já tentamos realizar turnês, mas as coisas no underground nunca são muito fáceis, principalmente para a realização de shows. Se por um lado tornou-se mais fácil divulgar ou mesmo lançar um álbum com uma boa tiragem e um material com uma boa qualidade, os shows/celebrações estão ficando cada vez mais raros e conturbados.

1  Ruído Macabro: Para finalizar, cite três trabalhos (álbuns, demos e etc.) que você considera indispensáveis para qualquer apreciador do som extremo underground.

Matheus: Bom é sempre difícil escolher apenas três para representar o metal, sejam eles nacionais ou gringos. Considero como indispensáveis, pela sua história, pelo seu contexto e é lógico pela sua qualidade musical, atitude e agressividade, o INRI do Sarcófago, que é de grande inspiração para muitos que curtem o metal extremo. Outro que deve ser considerado histórico é o álbum de estreia do Bathory, por tudo que a banda e o álbum representam para o metal extremo.  Um segmento do metal que muito me agrada e me influencia teve como um dos precursores o Bethlehem e para mim é indispensável Dictius Te Nacare. Bom como falei anteriormente é muito complicado citar apenas três, mas tentei citar álbuns que não podem faltar em contextos e estilos bem diversos.

1      Ruído Macabro: Obrigado pelo tempo a nós disponibilizado! O Brutal Morticínio tem nosso total suporte! HAIL CHAOS!

Matheus:Nós do Brutal Morticínio é que agradecemos o espaço que foi dedicado a nossa horda. Sempre é bom relembrar que atitudes como esta é que mantém o underground e o metal extremo vivo e independente, expressando os reais valores e não submetidos ao mainstream em que se tornaram os portais de “metal” da internet.  O Ruído Macabro Zine assim como os seus leitores tem nosso total apoio e admiração.
Força e Honra ao metal Nacional!
Deixo ao final os contatos para aqueles que estiverem interessados em algum material da banda ou mesmo trocar algumas idéias.

Email: brutalmortis@gmail.com

terça-feira, 12 de novembro de 2013

On the Road!
Brazilian Ritual! Third Attack!

 Por Vulto Nephilim:

                                 



É com grande honra que pude comparecer a esse momento histórico para o cenário  underground brasileiro ,  a primeira apresentação do Blasphemy e do Revenge em território nacional. Uma grande iniciativa do guerreiro Oudrade Tireheb, muito fudido mesmo, profissionalismo e o comprometimento foram 100% . O evento contou com a presença dos headbangers de todas as partes do  Brasil, e também alguns bangers da América do sul.

A horda Bestymator iniciou a noite com muita destruição e profanação tocando seus clássicos com maestria ímpar, riffs mortíferos eram executados. A performance do vocalista Bestial é muito impressionante e satânica, sem dúvida uma missa negra! 

 Bestymator

 Esta que é também uma horda lendária do cenário nacional, estava muito afiada e nos brindou com o mais profano Black Metal.

GoatPenis

A seguir veio o GoatPenis que trouxe seu arsenal de composições destruidoras, verdadeiro culto a guerra em forma de Metal. A horda pratica um Death/Black metal muito coeso e brutal. Quando o Goatpenis começou a tocar eu não pude acreditar  na brutalidade que era apresentada, simplesmente destruidor. Os hinos da horda eram executados de forma devastadora e a qualidade do que foi apresentado impressiona. O GoatPenis representa com muita honra a qualidade e o potencial que nosso país tem. 

Os Canadenses do Revenge sobem ao palco e saúdam o publico brasileiro com muito ódio no coração e os convocam para a destruição que seguiria naquela noite profana!

Revenge
A horda Norte Americana apresenta um som bem extremo, com várias passagens interessantes . A performance é bem marcante com todos os membros batendo cabeça. São muito bons os discos de estúdio da horda só que ao vivo eles se superam muito, realmente destruidor. A performance e a pegada do baterista James Read é sem igual! Os solos do Chris Ross dão um complemento especial ao vivo e também leva os vocais com muita destreza, os duetos com Tim Greco visceral/gutural é esmagador.
                                                                                               
     Após os a fodida apresentação do Revenge sobe ao palco seus  conterrâneos do Blasphemy , a apresentação mais esperada da noite. Falar da importância e influência do Blasphemy é chover no molhado. A performance do vocalista Nocturnal Grave Desecrator... foi sensacional, o cara interagia com público  a todo momento, batia cabeça e urrava os clássicos do Blasphemy com força total. Sons como Demoniac, Desecration e Blasphemy botaram o pescoço dos mais incautos apreciadores para fuder. A pegada do baixista V. K é esmagadora. A dupla de guitarristas estava afiada os solos de Caller of the Storms eram desgraçadamente tocados. Deathlord of Abomination and War Apocalypse  tocou com um presença fodida, (quando colocou sua máscara de gás realmente causou impacto). Ao término da apresentação eu estava desabando, mas com certeza valeu a pena! Que venham mais vezes pra cá!
Keep The Black Flame Alive!!

Blasphemy

Agradecimentos: Fernanda Nascimento (Manager na Amazon Press & Management)
Eduardo (Oudrade Tiheb)                                                                 

Fotos  ( Ruído Macabro)