sábado, 31 de agosto de 2013

Sardonic Impious, Honrando e Celebrando o Metal Extremo Brasileiro.



Por João Martioro:  Basta pouco tempo de procura para nos depararmos com  muitas bandas de Metal Extremo em nosso país, com uma das melhores cenas extremas do planeta, temos inúmeras ótimas bandas por aqui. Bandas que praticam seu som com ideologia e embasamento contestador, a bandas que cospem puro ódio em suas letras, deixando bem claro seus ideais, a pouco tempo, pude conhecer o som desses caras, SARDONIC IMPIOUS, logo percebi o potencial musical da banda, com guitarras muito bem harmonizadas, e elementos que variam do Heavy Metal ao Black Metal, com um som característico e peculiar, e letras em Português, som feito de apreciadores para apreciadores do Metal Negro Brasileiro, que merecem destaque em nossa cena. Acompanhem a entrevista com o grande Radael Lord Ímpio, que nos conta um pouco mais sobre a Horda, ideologia, influências e história.
 
Ruído Macabro: Saudações extremas Lord Ímpio! É uma honra poder difundir a ideologia e história de uma Horda como o Sardonic Impious!
  
Lord Ímpio: SALVE JOÃO ! NÓS QUE AGRADECEMOS PELA OPORTUNIDADE DE EXPRESSAR NOSSAS IDEIAS E PELO SUPORTE!

Ruído Macabro: Como surgiu o Sardonic Impious, e como foram os primeiros anos no cenário Underground?

Lord Ímpio: O SARDONIC IMPIOUS SURGIU NO ANO DE 2000 DAS CINZAS DE OUTRAS BANDAS COMO DOMINACTION, BLIND FATE, E DEMOGORGON, BASICAMENTE A HORDA JÁ CHEGOU A CENA COM A PRIMEIRA DEMO GRAVADA “FLAMES IN DARKNESS” OS PRIMEIROS  ANOS SÃO DUROS PARA TODA BANDA,  MUITO DIFÍCIL DE DIVULGAR OS MATERIAIS E CONSEGUIR APRESENTAÇÕES,  LEMBRANDO QUE NO ANO 2000 TUDO ACONTECIA ATRAVÉS DE CARTAS, ENTÃO ERA BEM MAIS DIFÍCIL QUE HOJE EM DIA!

Ruído Macabro: Quais são suas principais influencias musicais? E de que maneira elas se refletem nos trabalhos do Sardonic Impious?

Lord Ímpio: NOSSAS INFLUÊNCIAS VÃO DO MAIS EXTREMO METAL  ATÉ O MAIS PURO HEAVY METAL , QUE NO FIM DAS CONTAS SOA COMO O SOM QUE GOSTARÍAMOS DE OUVIR , NÃO FAZEMOS MÚSICAS PARA AGRADAR AS PESSOAS FAZEMOS O QUE GOSTARÍAMOS DE OUVIR , E ISSO FICA CLARO NAS COMPOSIÇÕES QUE VARIAM DE BLAST BEATS E RASPADEIRAS A SOLOS 100% INFLUENCIADOS POR HEAVY METAL.

Ruído Macabro: Qual a ideologia a frente dos trabalhos da Horda?

Lord Ímpio: NOSSA IDEOLOGIA É ANTI CRISTÃ! DEIXAMOS BEM CLARO A HIPOCRISIA E FALHA DOS  SEGUIDORES DE CRISTO, E NO GERAL ABORDAMOS
TEMAS COMO SATANISMO, OCULTISMO E TUDO MAIS QUE POSSA NOS INFLUENCIAR, MUITAS VEZES, DE TEMAS COMUNS, TEMOS IDEIAS QUE POSSAM SER PASSADAS PARA AS LETRAS E COMO NOSSOS SONS SÃO EM PORTUGUÊS( NÃO ABRIMOS MÃO DISSO) QUEREMOS QUE ENTENDAM NOSSAS MENSAGENS DE ÓDIO !!!

Ruído Macabro:  Vemos um trabalho diferenciado em termos de arranjos de guitarras no Sardonic Impious, quem fica a cargo das composições?

Lord Ímpio: TODOS TEMOS ALGUMA PARTE NA COMPOSIÇÃO , PORÉM OS ARRANJOS SÃO DESENVOLVIDOS PELO BLASPHEMER,  AÍ ENTÃO VAMOS TRABALHANDO O SOM ATE FICAR DO GOSTO DE TODOS.

Ruído Macabro: Como você avalia o cenário underground nacional?

Lord Ímpio: BASICAMENTE SUOR E SANGUE!!! CARA, NÓS VIVEMOS O UNDERGROUND A MUITOS ANOS,  MESMO ANTES DO SARDONIC TODOS JÁ TIVEMOS BANDAS E ANTES DISSO SEMPRE ESTÁVAMOS ENVOLVIDOS COM O UNDERGROUND, ENTÃO PODEMOS VER QUE HOUVE UMA EVOLUÇÃO BRUTAL , TEMOS ÓTIMOS FESTS,  ÓTIMOS GUERREIROS QUE GASTAM SEU PRÓPRIO DINHEIRO COM EVENTOS , MAS SINCERAMENTE ACHO QUE A COISA TEM A MELHORAR QUANDO HOUVER UM INTERESSE MAIOR, E REAL SUPORTE POR PARTE DO PÚBLICO! É AQUELA VELHA HISTÓRIA, NA INTERNET TODOS SÃO  APOIADORES ATÉ A MORTE, MAS SINCERAMENTE MUITOS EU NUNCA VI EM EVENTO NENHUM ! OS CARAS GASTAM 100 PAUS NUM CD GRINGO,  MAS NÃO TEM 15 REAIS PARA UM CD DE UMA BANDA NACIONAL , ACHA CARO, UM INGRESSO DE  15 , 20 REAIS MAS GASTA 150 EM EVENTOS DE BANDAS ESTRANGEIRAS ! PORRA!!!  BANDAS DO MUNDO INTEIRO ADMIRAM NOSSAS HORDAS MAS AS VEZES PARECE QUE OS QUE REALMENTE PODERIAM AJUDAR NÃO AJUDAM , MAS NO GERAL EVOLUÍMOS A CADA DIA !!!!
 
Ruído Macabro: O que têm a dizer aos iniciantes ao Metal Extremo, alguma dica, conselho?

Lord Ímpio: BOM,  ACREDITO QUE SE ALGUÉM QUISER MONTAR UMA BANDA DE METAL EXTREMO PARA SER FAMOSO OU GANHAR DINHEIRO É MELHOR DESISTIR JÁ ! NÃO É FÁCIL  MAS É ALTAMENTE SATISFATÓRIO VOCÊ PODER TOCAR O SOM QUE VOCÊ MESMO COMPÔS E VER AS PESSOAS TE APOIANDO E TENDO O INTERESSE , MAS SINCERAMENTE O CARA TEM QUE TER RAÇA,  LEVAR O MUNDO NO PEITO  NÃO ABAIXAR A CABEÇA !!! POR ISSO ACREDITO E CHAMO TODOS QUE TEM HORDAS DE GUERREIROS,  É ISSO!  LUTA!!!!

Ruído Macabro: Para finalizar, cite 3 trabalhos (demos, álbums e etc.) de bandas/hordas que você considere indispensáveis para quem aprecia o metal extremo.

Lord Ímpio: CARA PODERIA TE FALAR ATÉ MAIS QUE ISSO POIS NOSSAS BANDAS SÃO MUITO INSPIRADORAS NÃO SÓ PARA NÓS COMO PARA O MUNDO ! MAS VAMOS LÁ! MYSTIFIER – GOETIA  / EVILWAR- BLEEDIING IN THE SHADES OF BAPHOMET / AMEN CORNER: FALL-ASCENSION-DOMINATION ! MAS TEMOS MUITO MAIS ! COM TODA CERTEZA A CENA DO BRASIL É A MELHOR DO MUNDO SE VOCÊ SÓ GOSTA DE BANDAS ESCANDINAVAS OU EUROPEIAS MUDE PRA LÁ ! E VOCÊ VERÁ COMO ESSAS DITAS BANDAS SE INFLUENCIAM POR NOSSAS BANDAS !!

Ruído Macabro: Obrigado pela colaboração e pelos trabalhos realizados com a Horda, o Sardonic Impious tem nosso total suporte! HAIL CHAOS!

Lord Ímpio:  AGRADEÇO IMENSAMENTE EM NOME DE TODOS DO SARDONC IMPIOUS PELO SUPORTE GUERREIRO!!!  A LUTA CONTRA A HIPOCRISIA NUNCA PODE PARAR !!!!! SALVE O METAL NEGRO BRASILEIRO E A CADA UM QUE COMO VOCÊ APOIA,  E FAZ  A NOSSA CENA !!! SALVE SATANÁS !!!!!!!!!!

Distraught! 23 anos de Underground, altíssima qualidade, mostrando a potencial do Thrash Metal Brasileiro!


Por João Martioro: Uma das maiores bandas de Thrash Metal da atualidade, vem mostrando seu grande trabalho desde os primórdios até o então “The Human Negligence Is Repugnant” de 2012, que tocado ao vivo, soa extremamente perfeito, e que é sem dúvidas um dos melhores da carreira da banda. Confiram a entrevista concedida a nós por André Meyer, um dos mentores, compositor e vocalista, que nos atendeu com grande humildade e atenção, explicitando um pouco sobre a ideologia e história do Distraught!

Ruído Macabro: O Distraught vem mostrando seu potencial no cenário Underground nacional há mais de 20 anos.  Conte-nos um pouco sobre o trajeto da banda.

André Meyer: Estamos  sempre em busca de um crescimento dentro do cenário nacional e internacional, já se passaram 23 anos desde o inicio da carreira do Distraught e a cada dia parece que a responsabilidade aumenta ainda mais com nossos fãns de  fazer um trabalho sempre melhor que o anterior.

Ruído Macabro: É perceptível um grande embasamento ideológico nos trabalhos do Distraught.  Em que busca esse embasamento?

André Meyer:  Isso ocorre naturalmente, nos últimos álbuns estamos falando mais das coisas que ocorrem no dia a dia das pessoas, problemas sociais etc. Tudo aquilo que nós não aceitamos e gostaríamos que mudassem pra melhor.

Ruído Macabro: As composições sempre se mostram devastadoras, sem exceções. Como funciona o processo de composição do Distraught?

André Meyer:  Nos dias de hoje isso tudo se tornou mais fácil, temos como fazer uma pré produção em casa de forma mais em conta, gravamos todas as ideias, depois eu começo a encaixar  as letras nos riffs, e vamos arranjando dessa forma, claro que também fazer alguns ensaios com as músicas pré prontas é importante também pra sentir como é tudo junto, mas a base é essa.

Ruído Macabro: O último trabalho lançado, intitulado “The Human Negligence Is Repugnant” está acima da média, e ao vivo soa perfeitamente técnico e coeso. Diga-nos, como foi a concepção do álbum?

André Meyer: Essa relação do álbum gravado  e tocar ao vivo com a mesma intensidade,achamos que é importantíssimo, existem bandas que não conseguem fazer o  show da mesma forma que gravaram seu disco. Quando em fase de composição nos preocupamos muito com a maneira que serão aceitas nossas músicas, de como tem que funcionar cada parte ao vivo, dos refrões que pegam no ouvido, essas coisas.

Ruído Macabro: Qual é sua perspectiva para o Distraught? Vem trabalho novo por aí?

André Meyer: Estamos começando agora a compor novamente, mas não sabemos o que vai rolar ainda, temos alguns planos mas temos muito que tocar e promover o “The Human Negligence is Repugnant .

Ruído Macabro: Quais foram e são suas maiores influências musicais, e o que o motivou a fazer Thrash Metal?

André Meyer: O  Heavy e o  Thrash Metal sempre foram  minhas influencias mais fortes, as bandas como Slayer, Kreator, Exodus, Testament, são bandas que estão até hoje em evolução, e esse é o caminho que queremos ter pra nós também, claro que Black Sabbath está sempre na mente também.

Ruído Macabro: Cite 3 trabalhos (demos,  albums e etc.) de bandas/hordas que você considere  indispensáveis para quem aprecia o metal extremo.

André Meyer: Slayer -Hell Awaits, Kreator – Pleasure to Kill, Exodus – Bonded by Blood

Ruído Macabro: Obrigado pela atenção que nos disponibilizou! E parabéns pelo grande trabalho com o Distraught! Deixe uma mensagem aos leitores do Ruído Macabro! Um grande abraço Guerreiro!

André Meyer:  Queria agradecer o espaço cedido e dizer  que estamos sempre dispostos a colaborar com a cena Metal nacional, temos muitas bandas com potencial em nosso Brasil, então aí vai o recado, apreciem também aquilo que é nosso. Obrigado!!!







quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Tributo ao falecido guerreiro Laércio Lord (10/08/2013) em Sarandi - PR

Por Renato Nascimento e João Martioro: Desde seus primórdios, a banda Holder sempre honrou o metal extremo, deixando rastros de brutalidade por onde quer que passassem, sempre com muita humildade e ideologia. Mas este monstro do metal extremo está gravemente ferido, o grande guerreiro Laércio Lord se foi, deixando uma ferida que nunca será cicatrizada, não só no Holder, mas nos corações de seus familiares e também dos reais apreciadores do trabalho da banda.
Para homenagear este grande guerreiro que se foi, nada mais justo que uma celebração ao seu legado, celebração esta que ocorreu majestosamente no dia 10/08/2013, em Sarandi - PR.
Logo ao chegarmos, nos deparamos com um ambiente extremamente organizado, tudo parecia estar em seu lugar, desde a segurança até a iluminação e equipamento de som, e foi o que realmente concluímos ao decorrer do evento.
O evento se iniciou com um vídeo, que continha fotos de diversas fases da vida do guerreiro Laércio Lord, momento que conseguiu emocionar a todos, com toda certeza. Após um trecho do vídeo, subiu ao palco um companheiro de longa data de Laércio, João Bala, que fez um breve discurso, enfatizando entre saudosas memórias e momentos, o lado genial de Laércio como músico e também o lado humilde e simples dele como amigo. Outra parte do vídeo foi exibida e então aconteceu o momento mais emocionante daquela noite; subiram ao palco a irmã e o sobrinho do Laércio, que trouxeram com eles, além do contrabaixo do falecido guerreiro, muitas lágrimas e palavras, que não só expressavam saudades e tristeza, mas também perseverança, dando (ao meu ver) oficialmente o aval dos familiares para que os guerreiros do Holder sigam em frente com força total.
Logo após este momento de lembranças emocionantes, subiu ao palco a primeira banda deu inicio às apresentações da noite.

 A banda Fé, Força, Ataque e Resistência, que pratica um som na linha Punk/HC, nos brindou com um repertório enérgico, tocando além de sons próprios, dois covers da banda Cólera, gostaria de ressaltar o som "Não toque no meu corpo sem a minha permissão", que abordou um tópico interessante, relacionado a violência contra a mulher.
As apresentações sub-sequentes foram das bandas: Desgraceria, Distanasia e Agonia, que nos brindaram com repertórios brutais e que conseguiram manter os presentes empolgados todo o tempo. Como era de se esperar, por causa da quantidade de bandas que se apresentariam naquela noite, foram sets bem curtos, mas que com certeza conseguiram mostrar todo o potencial destas bandas.
Tragedy Garden

Subiu então ao palco a banda Lords of Steel, do irmão do Laercio, o saudoso Roberto Pinheiro, que nos recebeu com uma humildade tremenda naquela noite e se disponibilizou a ajudar no que fosse necessário em relação a cobertura que estávamos fazendo do evento. A banda tocou clássicos do Heavy Metal e conseguiu agradar os presentes, apesar de alguns errinhos, o que é extremamente natural. O baixista Marcos (também Hyncypyt), nos disse que a banda estava a ensaiar sons próprios,  então podemos esperar mais uma promissora banda aqui na região, com toda certeza.

Infelizmente não conseguimos contemplar as apresentações da forma que gostaríamos, pois nos fizemos presentes no tributo ao Laércio também para tratar de outros assuntos (organização de eventos e lançamentos com a horda Nephilim), e acabamos por perder a apresentação da banda Inner-Self (Sepultura Cover), mas nos informamos a respeito da performance, e era unânime que tinha sido uma apresentação excelente. Conseguimos chegar a tempo para ver o final do set do Hazy Hamlet, e pudemos presenciar todo o profissionalismo da banda, além da ótima timbragem dos demais instrumentos, o som da guitarra de Julio Bertin merece destaque , estava com um timbre sensacional.

Para nossa sorte, conseguimos acompanhar a apresentação inteira do Hyncypyt, que mostrou-nos uma aula de som pesado, com o baterista Maurício dando um show a parte, tocando bateria e cantando de uma forma muito coesa. A Hyncypyt se ergueu das cinzas da extinta banda Awake, e apresentou um set bem interessante, com passagens extremamente técnicas durante as músicas. Destaque para o som "Ascensão à Decandência". Gostaria de destacar também o baixista, Marcos Dismal, que mostrou uma personalidade tremenda ao tocar, usando em alguns momentos acordes no estilo do Steve Harris  (Iron Maiden), mas não se limitando a isso, se utilizando também  de vários outros recursos para complementar a sonoridade do grupo, sem dúvida uma excelente banda.

É necessário destacar também a apresentação do Tragedy Garden (de Colorado - PR), que tornou a atmosfera do ambiente extremamente densa com seu funesto Doom Metal, era evidente a influência de Paradise Lost em seus tempos áureos, mas com certeza a banda vai além, possui uma sonoridade bem própria. Destaque para o som "Enemy Time" e para o cover de "Eternal" do Paradise Lost. Estão de parabéns.

E então chegara o momento mais esperado do evento, sobe ao palco o Holder. Estávamos ansiosos para assistir a performance do novo baixista, o guerreiro Antonio Costa (ex- Ophiolatry, atual Corpse ov Christ). Conversamos com ele durante o evento, e apesar do fato do mesmo só ter ensaiado uma vez com a banda, Antonio se mostrava tranquilo e sereno.
Holder
O Holder logo que subiu ao palco, contou com a participação dos guerreiros Nene Trevax, Bene e  Marcos Dismal no contrabaixo, que tocaram sons dos primeiros trabalhos da banda, os guerreiros tocaram com emoção, e honraram o posto do falecido Laércio. Vale destacar, antes de mais nada, que as baquetas foram muito bem assumidas por Gilson, que inicialmente era o vocalista do Holder, e agora ocupa a função de baterista na banda, deixando os vocais a cargo do guitarrista Luzmar Barba, que possuí um excelente vocal gutural também. Após as participações especiais, subiu então ao palco o novo membro do Holder, Antonio Costa, que assumiu a complicada tarefa de substituir Laércio. Foi quando começaram a aparecer os sons novos, os primeiros foram "Serpents of Fire", "Race Lower" e "Manifestation", sons que mostraram que o Holder continuou a evoluir suas composições. O grande diferencial dos sons novos foi o trabalho em cima das partes rítmicas, as músicas novas estão cheias de passagens intrincadas, o que deu um ar de grande sofisticação ao som brutal da banda. O baixista Antonio tocou discretamente, mas acompanhei atentamente sua performance durante a apresentação, e concluí que o mesmo tocou de uma forma extremamente coesa e segura, de maneira alguma parecia que ele tinha ensaiado apenas uma vez com a banda, com certeza isso é reflexo de sua vasta experiência dentro do underground. O Holder continuou destruindo, e os sons novos com certeza agradaram a todos, é certo que podemos esperar uma aula de Brutal Death Metal no novo album da banda (mais informações na entrevista que o guitarrista Luzmar Barba nos concedeu). Após uma performance de cerca de uma hora, o Holder encerrou sua apresentação com "Morbid Hell", música que se tornou o primeiro vídeo da banda, e merecidamente está sendo aclamada pelos reais apreciadores do som underground de nosso país. O Holder saiu do palco ovacionado, e deixou o velho "gostinho de quero mais" nos presentes, mostrando a importância da banda para nosso cenário extremo. Com certeza  Laércio Lord fará muita falta, mas é preciso seguir em frente, e com certeza a pessoa certa para trilhar ombro a ombro com o Holder nesta jornada é o guerreiro Antonio Costa. Vida longa ao Holder!
Hurtgen

Após a apresentação do Holder, para fechar com chave de ouro este emocionante tributo ao Laércio, subiu ao palco o Hurtgen. A legião Hurtgen vêm se destacando cada dia mais, e o profissionalismo e compromisso de seus integrantes é de espantar, todos se portaram como reais demônios no palco, tocando de uma forma impecável os ótimos sons da banda. Os sons da legião são extremamente técnicos e cheios de passagens complexas, mas são reproduzidos com facilidade pelos membros do Hurtgen, o que realmente impressiona. Tocaram sons do (excelente) EP, "Opressors Dressed in White" e também duas músicas novas, que com certeza seguem o elevado padrão de qualidade da banda. O Hurtgen hoje é uma das bandas mais promissoras do cenário nacional, e com certeza possuem um futuro brilhante.

Então é isso, para encerrar gostaríamos de agradecer ao saudoso Roberto Pinheiro, pela cordialidade e humildade e ao pessoal das bandas, que nos cederam gentilmente as fotos que usamos na matéria. Vida longa e próspera ao underground nacional!

Fotos por: Coelho Roesler (foto do Hurtgen), Peter Kelter (foto do Holder).